segunda-feira, 14 de junho de 2010

FATOR PREVIDENCIARIO E REAJUSTE PARA APOSENTADOS!!!

Aumento para aposentados: “demagogia” ou avanço social?

Enquanto o governo mantém um superávit fiscal de 3. 3 % do PIB em 2010, (cerca de R$ 110 bilhões), para pagar banqueiros, e só de juros e amortização da Dívida gastou R$ 380 bilhões com rentistas em 2009, emprestando US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões) recentemente para o FMI engordar os agiotas europeus, chama de demagógico distribuir renda através da aposentadoria.

Foi aprovada no Congresso a Medida Provisória 475 e já está nas mãos de Lula o projeto que concede 7, 71% de aumento para os aposentados e o fim do Fator Previdenciário. O governo pode vetá-lo ou não. As aposentadorias e pensões amargam 18 anos de achatamento. A maioria da grande imprensa contesta estes dados, afirmando que o valor não foi corroído em virtude do seu reajuste pela inflação. No entanto, dados da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas revelam que as perdas, somente entre os governos Lula e FHC (1994 – 2009), chegam a 67,26% (Lula 40,66% e FHC 26,60 %). As contas não deixam dúvidas: um aposentado que em 1991 ganhava dois salários mínimos, hoje, ganha o equivalente a um salário mínimo. Especialistas chegaram a calcular que daqui a 20 anos, caso persista esta atual política de reajuste, todos os brasileiros que hoje já estão aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão ganhar apenas um salário mínimo.
Fim do Fator Previdenciário – Pelo mecanismo do Fator Previdenciário, os segurados têm que escolher entre se aposentar com menos dinheiro ou trabalhar mais tempo para garantir o benefício integral. No entanto, diante de tamanhas perdas acumuladas, os 25 milhões de aposentados do país, se uniram para que fosse aprovada no Congresso a Medida Provisória 475.


Cruzada contra aposentados - A grande imprensa sempre reagiu de forma reacionária com relação aos aumentos dos aposentados, esquecendo que, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 53% dos domicílios brasileiros em que residem aposentados, são eles os responsáveis por mais da metade de renda familiar: rendimentos estes que contribuem para o crescimento do país.
“Demagogia” ou avanço social? - O Ministro Paulo Bernardo afirmou que a aprovação do aumento para os aposentados no Congresso foi “decisão demagógica”. Pelos cálculos do Ministro, este aumento redundaria em torno de 6 bilhões por ano de acréscimo ao Orçamento. Já os números da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas – COBAP - apontam para uma direção completamente diferente: em 2009 sobraram mais de R$ 4 bilhões do caixa do INSS. Além disso, a Seguridade Social, da qual a Previdência é parte integrante, teve um superávit de R$ 21 bilhões também em 2009.
Orçamento versus dívida social - O país tem uma dívida social para com aqueles que trabalharam tanto para construir a riqueza nacional, já que temos um dos menores salários mínimos do mundo, e uma das piores distribuição de renda do planeta. É bom lembrar também que são os mais pobres, que começam a trabalhar antes, os maiores prejudicados com o fator previdenciário por causa do ‘pedágio’ que pagam para se aposentar. Ao completarem 35 anos de contribuição cedo, precisam esperar os 60 anos de idade, no caso dos homens, ou 55 anos no caso das mulheres. O cálculo provoca uma queda de até 42% no salário da mulher e de até 38% no dos homens. Enquanto o governo mantém um superávit fiscal de 3. 3 % do PIB em 2010, (cerca de R$ 110 bilhões), para pagar banqueiros, e só de juros e amortização da Dívida gastou R$ 380 bilhões com rentistas em 2009, emprestando US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 8 bilhões) recentemente para o FMI engordar os agiotas europeus, chama de demagógico distribuir renda através da aposentadoria. É hora de mudança de valores e prioridades no governo e na sociedade.

http://www.draclair.com.br/noticia_destaque_detalhe.php?recordID=21

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