Comunicação democrática |
O MOVIMENTO SINDICAL E A CONFERÊNCIA DA COMUNICAÇÃO
João Guilherme Vargas Netto* Em comentário feito na semana passada, listei uma série de êxitos do movimento sindical e inúmeras iniciativas promissoras. As listas poderiam ser ampliadas, e muito. Mas quero me fixar no estabelecimento, pelo conjunto do movimento sindical, da plataforma comum a ser defendida na I Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) a ser realizada em Brasília de 14 a 17 de dezembro próximos. A Confecom, como já acontece com a saúde, as cidades, a educação e outros temas é a ocasião de discussões amplas sobre a comunicação social envolvendo todos os aspectos e protagonistas dessa atividade que é central para a democracia. Realiza-se paulatinamente nos municípios, nos estados e, finalmente, em Brasília com abrangência nacional. Auxiliadas pelos esclarecimentos dos jornalistas Altamiro Borges (autor do livro, que recomendo, "A ditadura da mídia") e João Franzin (da Agência Sindical e também autor do livro "Imprensa Sindical - Comunicação que organiza", que tem sido, felizmente, muito difundido), as centrais sindicais decidiram defender uma agenda unitária com sete pontos. São eles: 1. Fortalecer a rede pública de comunicação; 2. Estabelecer um novo marco regulatório para o setor; 3. Fortalecer as rádios e TVs comunitárias, e combater a repressão estatal a essas mídias; 4. Ampliar e massificar a inclusão digital, com banda larga para todos; 5. Fixar novos critérios para a publicidade oficial; 6. Elaborar novas formas de concessão pública; e 7. Exercer controle social. Ao mesmo tempo, um projeto de lei do deputado Vicentinho (PT/SP) propõe a criação de programas de rádio e TV gratuitos na televisão aberta para o movimento sindical nos moldes em que existem os programas eleitorais gratuitos partidários. A participação efetiva na Confecom e esta proposta contemplam o empenho do movimento em meter sua colher de pau no caldeirão da comunicação. (*) Membro do corpo técnico do Diap. É consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo |
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