sábado, 16 de janeiro de 2010

2010 COMEÇA NO CHILE!!!

Atenção: a direita ainda não ganhou no Chile!
14 01 2010

Em face do silêncio da mídia em relação ao pleito que acontece domingo (dia 17) no Chile, subitamente a mídia nacional deixou de revelar os dados de pesquisas – logo a mídia nacional que ao final do 1º turno lá fez questãod e mostrar a diferença de quase 20 pontos em favor do ’seu’ candidato lá. Por que? Simples: o candidato dela (direita) ‘lá’, ligado ao ditador Pinochet – empresário e bilionário Sebastián Piñera – está em queda nas pesquisas. Levantamento de ontem, dia 13, ainda aponta sua ‘vitória’, mas a diferença caiu muito nos últimos dias. Hoje em torno de 2%.

Enquanto isso, a campanha do ex-presidente Frei recebeu o reforço, também no dia 13 e sem impacto ainda nas pesquisas: o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio, anunciou oficialmente que está com o ex-presidente da República. O apoio de Ominami marca nova etapa na campanha, uma vez que durante o primeiro turno – em que obteve 14% dos votos – foi um dos críticos mais duros a Frei.

Ou seja: pelo jeito, não vai ser desta vez ainda que os Bóris Casoy da vida vão poder soltar toda frustração acumulada e vociferar doentiamente a frase com que mais sonham: A América Latina está na direita.

Leia abaixo a matéria divulgada hoje pela EBC. Alfredo Bessow

Disputa pela Presidência no Chile será apertada e pode ter surpresas

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A três dias das eleições no Chile, uma pesquisa sobre intenções de voto publicada no jornal La Tercera mostra que a disputa entre os dois candidatos será apertada até o último momento. O empresário e candidato da direita, Sebastián Piñeira (Alianza) leva ligeira vantagem em relação ao governista e esquerdista Eduardo Frei Ruiz (Concertación). Pelos dados, Piñeira obteria 50,9% e Frei 49,1%.

Ontem (13), porém, Frei ganhou um apoio de peso nesta reta final. O candidato derrotado no primeiro turno, o independente Marco Enriquez-Ominami Gumucio, anunciou oficialmente que está com o ex-presidente da República. Ominami atrai o eleitorado insatisfeito com as propostas tradicionais e favorável às ideias de avanços sociais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O apoio de Ominami marca nova etapa na campanha, uma vez que durante o primeiro turno – em que obteve 14% dos votos – foi um dos críticos mais duros a Frei. Por causa da indicação do ex-presidente pela Concertación, Ominami e o pai, o senador Carlos Ominami, abandonaram a coligação e tornaram-se independentes. A decisão levou à derrota de ambos em dezembro.

Ominami disse que seu apoio a Frei se deve ao fato de haver um “abismo irreconciliável” com a direita, enquanto com parte da Concertación o relacionamento é bom. De acordo com ele, o motivo da decisão foi o fato de o governo da presidente Michelle Bachelet – que apoia Frei – estimular a tramitação no Congresso de projetos que julga fundamentais, como o voto voluntário, o reconhecimento constitucional das águas como bem nacional de uso público e o fortalecimento da educação pública.

No próximo domingo (17), cerca de 9 milhões de eleitores irão às urnas nas nove regiões políticas do Chile. A previsão dos organizadores é de que os resultados sejam conhecidos no começo da noite, como ocorreu no primeiro turno em dezembro. Para obter a vitória no primeiro turno, o candidato deve conseguir mais de 50% dos votos.

Ex-presidente do Chile (1994-2000), Frei tenta conquistar os votos dos eleitores e intensifica a campanha em grandes cidades como Talca, Valparaizo e Santiago. Da mesma forma age Piñeira, um dos homens mais ricos do Chile, dono da empresa aérea Lan Chile, da rede de televisão Chile Visión e do time de futebol Colo Colo. Oficialmente, a campanha deles deve ser encerrada hoje (14).

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